por Jorge Pescara
DIVERSOS BAIXISTAS DE ROCK AMPLIARAM SEU PORTENTOSO ARSENAL DE
GRAVES USANDO PEDAIS DE ÓRGÃO ACIONADOS PELOS PÉS. GERALMENTE ISTO
ACONTECIA QUANDO ESTES PIONEIROS, EM ALGUM MOMENTO DO SHOW, LARGAVAM
SEUS CONTRABAIXOS PARA TOCAR OUTRO INSTRUMENTO. CHRIS SQUIRE - YES,
JOHN PAUL JONES - LED ZEPPELIN, GEDDY LEE - RUSH E MICHAEL RUTHERFORD
- GENESIS, FAZEM PARTE DESTA LISTA.
MOOG TAURUS PEDALS 205A
1978 Norlin Music Taurus Pedal Synthesizer Owners and Service
Manual
“O Moog Taurus Pedal Synthesizer permite a você fazer música
com seus pés enquanto suas mãos estão ocupadas tocando
contrabaixo, sintetizador, guitarra, Stick, percussão, sopros ou
bateria. O Taurus tem três vozes pré-programadas, além de uma
extra para onde o músico poderá programar completamente. No modo
performance pode-se selecionar entre qualquer um destes presets. O
Taurus é um sintetizador variável que contém dois osciladores de
áudio para criar efeitos de phasing, intervalos paralelos e ricos
sons de percussão. Em adição, funções como glide, decay e
pedalboard octave podem ser selecionados pelos durante a performance.
Com cinco oitavas de alcance o Taurus é mais do que um instrumento
para vozes graves”.
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Led Zeppelin - John Paul Jones e Moog Taurus
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TAURUS FEATURES
·Três timbres sintetizados pre-programadas: Bass, Tuba e Taurus.
·Um preset totalmente programável onde se pode criar a
sonoridade ou preset desejável.
·Alcance de cinco oitavas -16' - 8' - 4' - 2' e 1'.
·Controles deslizantes via foot para loudness e variações de
tone color.
·Osciladores com design ultra-estável: menos do que 1% (0.06%)
short term drift, menor do que 2% (0.18%) long term drift.
·Seletores eletrônicos para os preset. Presets não podem ser
cancelados.
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Rush - Geddy Lee e Moog Taurus |
Introduction
O MOOG TAURUS pedal sintetizador, controlado por pedais estilo
órgão, combinando o features de sonoridade e versatilidade de um
bom sintetizador com as modificações de sonoridade e presets
disparados via foot controller. Este versátil instrumento musical
oferece a capacidade de produzir tradicionais ou novos e alternativos
sons, instantaneamente selecionados através dos pedais. Para
proporcionar máxima proteção a unidade é acondicionada em forte
case de madeira e metal.
Descrição
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Genesis - Mike Rutherford e Moog Taurus |
As funções básicas do Taurus Synthesizer (veja diagrama em
bloco) são programáveis, isto é, os valores dos vários parâmetros
que são usados para controlar os detalhes de sonoridade são
determinados ou por valores internamente pré-fixados (pelos três
presets de fábrica) ou acessados pelo músico através dos controles
(para o preset VARIABLE). Em uso normal o VARIABLE preset é
prioritário, no modo performance, usando os controles VARIABLES no
painel. Durante a performance, o músico seleciona um dos quatro
presets instantaneamente pressionando os botões PRESETS com os pés.
Estes quatro PRESETS são mutuamente excludentes, isto é, somente um
preset poderá ser acionado de cada vez. As fontes básicas de sons
são dois osciladores de voltagem controlada (A e B). Dois pitch
controls são usados para ajustes de afinação no instrumento.
Primeiro, o controle de TUNE é usado para acessar o pitch de ambos
os osciladores para atingir a referência desejada, tal como usar um
outro instrumento para executar uma nota padrão de afinação. O
instrumento inteiro pode ser alterado em oitavas para cima ou para
baixo através do uso dos OCTAVE foot-button. O pitch instantâneo do
instrumento é controlado e acessado não somente pelos controles de
OCTAVE e fine tuning, mas também pelo controle de GLIDE e GLIDE
foot-button. O efeito de glissando é feito através de uma suave
transição de pitch entre notas sucessivas. As duas fontes sonoras
são combinadas em diferentes quantias no mixer. Nos três presets
fixos as quantias estão programadas internamente, enquanto no modo
VARIABLE a quantia relativa das fontes sonoras "A" e "B"
presentes no output são determinados pelo controle B-MIX-A no painel
de controles VARIABLES. O output do mixer é aplicado ao filtro de
voltagem controlada que pode ser usado para providenciar a dinâmica
ou a modificação de timbre fixo. Sempre que uma nota é pressionada
em um pedal qualquer, um sinal de filter contour é gerado, e
sucessivamente abre e fecha o filtro. O output do VCA á aplicado ao
controle rotatório OUTPUT LEVEL no painel traseiro que é usado para
equacionar o nível de sinal do Taurus para o amplificador. Quando
usar o TAURUS com um amplificador de contrabaixo ou amplificador de
instrumentos similar, plug o TAURUS na entrada de high level do
amplificador, e o controle de intensidade de volume deste á meio
caminho. Ajuste, então, o controle de OUTPUT LEVEL no painel
traseiro do Taurus para o nível volume que se deseja. O Taurus pode
operar em voltagens de 115 ou 230 volts.
Sonoridade

A sonoridade geral do Taurus é praticamente a mesma de um Moog
analógico com graves consistentes e marcadamente distorcidos. Como o
instrumento possui teclas relativas a uma oitava (de Dó a Dó
parecidas com teclas de piano, só que bem maiores), obter linhas de
contrabaixo satisfatórias somente dependem da habilidade do
instrumentista em “pedalar” as notas enquanto canta ou toca outro
instrumento. O timbre Taurus é o mais interessante dos três para
linhas de apoio com seu rústico rugido grave, mas como isto é uma
opção pessoal nunca é demais testar os outros dois (Tuba sem o
attack inicial, sendo mais macio do que os outros e Bass com o attack
e decay característico dos Moogs). Creio que com um pouco de
pesquisa, estudo e prática qualquer músico pode extrair resultados
de um Moog Bass Pedals. Outro fator a ser observado é quanto à
amplificação. Neste caso o músico pode trabalhar com um mixer para
todos os seus instrumentos (claro que você vai tocar outro
instrumento junto com o Moog Taurus, pois do contrário ele não será
mero figurante no palco). Pode-se também levar um segundo
amplificador (tipo combo) apenas para o Moog Taurus, ou liga-lo no PA
com um retorno específico apenas para ele no palco. Claro que este
instrumento está fora de catálogo desde 1980 e, portanto somente
será encontrado em lojas de instrumentos usados... no exterior!
Qualquer U$1,000.00 paga esta belezinha. Existem possibilidades
similares no formato como o Hammond XPK100, porém sem sons internos,
sendo somente um dispositivo MIDi com pedaleira (uma oitava idêntica
ao Moog Taurus) que deve ser acoplada ao sintetizador ou cérebro de
timbres. Mais fácil de encontrar, talvez mais barato, mas sem o
charme e principalmente, sem a gorda e real sonoridade analógica
setentista. Este instrumento ficou marcado por seu extenso uso no
progressive rock. A maioria dos contrabaixistas deste movimento
utilizou o Taurus para suprir os sub-graves somados ao groove do
baixo elétrico, ou mesmo como nos casos de Geddy Lee (Rush) quando
este passava a tocar os sintetizadores e Michael Rutherford (Genesis)
em músicas que o baixista executava o violão ou a guitarra. Notei
com minhas pesquisas pessoais que, a melhor discografia para se ouvir
o Moog Taurus vem dos discos ao vivo. A conclusão é de que no palco
há muito mais necessidade de se usar uma máquina destas do que em
estúdio, principalmente quando se está em um número reduzido de
músicos no grupo (trios são perfeitos para isto). É lógico que na
discografia de estúdio pode-se obter resultados excelentes durante a
audição, porém durante as gravações em estúdio pode-se optar
por outros meios para adquirir estas sonoridades, como, por exemplo,
um tecladista suprindo os graves adicionais. Outro detalhe é que ao
vivo o Moog pode operar para cobrir parte do arranjo de cordas, etc.
Recomendo ouvir os discos citados abaixo para ter uma noção clara
do que observamos nesta resenha:
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The Police - Sting e Moog Taurus |
Chris Squire (Yes); Ouça os discos YesSongs, YesShows, 9012 Live,
além do DVD YesUnion. As músicas And You And I, Yours is no
Disgrace e o solo Amazing Grace são ótimos pra começar a travar
contato com estes sons do Moog!
Mike Rutherford (Genesis), albums Genesis Live, Genesis Archive I
1967-1975, Seconds Out, Three Sides Lives, The Way We Walk volumes I,
II e Genesis Archive II 1976-1992. Você não pode deixar de ouvir Mr
Rutherford com o Moog em Supper’s Ready, I Know What I Like ou
Fading Lights.
Geddy Lee (Rush), nos Cds Exit… Stage Left e Different Stages.
Na fase antiga do Rush geddy Lee usava o Moog em 70% das faixas,
porém em Tom Sawyer...
John Paul Jones (Led Zeppelin), principalmente no bootleg BBC
Sessions. JPJ tocava muito Hammond e Mellotron tanto ao vivo quanto
em estúdio, além de seus maravilhosos baixos de rock-Motown style.
Em alguns casos o Moog pode surpreender quem não conseguia entender
como o baixo continuava a soar mesmo com Jones no Hammond?.. Moog
Taurus nos pés, meu caro!
Pode-se encontrar o Moog Taurus também com Jeff Amment (Pearl
Jam), e Adam Clayton (U2) e no The Doors, porém esta é uma outra
história. Com isto podemos ter em mente que um mundo está aos
nossos pés... E nem ao menos sabíamos disto!
FENDER BASS PEDALS
Antigos Fender bass pedals
Estes pedais eram construídos, na década de 60, por diferentes
companhias, contendo sons e características completamente
diferentes, mas todos sob a mesma idéia primordial: um tradicional
pedal de órgão contendo um teclado de piano, porém maior e mais
largo para acomodar os pés. geralmente, com somente uma oitava ou
pouco mais, fato que limita o músico. São quase sempre afinados na
oitava do contrabaixo, embora modernos MIDI bass pedals possuem o
controle de qualquer oitava. Pode ser pressetados para attack e
release imediato, como nos órgãos eletrônicos, ou como no baixo
acústico onde o decay ocorre rapidamente ao invés de sustentação.
Com ele obtêm-se um pesado e poderoso som grave.
HAMMOND BASS PEDALS
Moderno pedal Hammond XPK-100 com as propriedades dos anteriores
somadas ao mundo MIDI. Com ele pode-se criar sons tão inusitados
quanto qualquer outro keyboard. transposição e controle de oitavas,
divisão de regiões de oitava (split) e edição de sons são
algumas das características deste aparelho.
usuários:
Geddy Lee (Rush), John Paul Jones (Led Zeppelin), Michael
Rutterford (Genesis), Chris Squire (Yes)